falta de recursos

VÍDEO: corte de orçamento da UFSM pode afetar salário dos servidores

Carmen Xavier e Laíz Lacerda

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)

A segunda semana do mês de março marca o início do ano letivo para os estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Mas o início das aulas não é o único assunto falado no campus da universidade.

A gestão orçamentária da segunda maior universidade pública do Rio Grande do Sul é uma das principais preocupações que vem fazendo parte da vida acadêmica da universidade desde 2014. 

Veja mais no vídeo:


Começando o ano faltando R$ 100 milhões para a folha de pagamento da universidade, o vice-reitor, Luciano Schuch, explica que vai faltar dinheiro até o final do ano para quitar os salários. 

Segundo o reitor da UFSM, Paulo Afonso Burmann, em seis anos já houve a perda de cerca de R$ 300 milhões, cenário esse que vem se acentuando aos passar dos anos. 

- Há impactos na formação acadêmica e na produção de conhecimento e no desenvolvimento de tecnologias. Hoje, cerca de 90% da ciência produzida no Brasil é oriunda das universidades públicas - conta Burmann.

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Os serviços feitos por pessoas terceirizadas estão sendo reduzidos, como por exemplo a própria limpeza do campus:

- Nós temos uma preocupação muito grande em relação ao novo coronavírus. E nós não conseguimos manter os banheiros limpos como deveriam ser, não conseguimos comprar álcool gel para disponibilizar nos prédios. Não conseguimos mais nem cortar a grama como deveria. 

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Outra grande preocupação é a reposição do quadro de professores. Conforme o vice-reitor, uma orientação repassada pelo Ministério da Educação (MEC) impede que a universidade faça novas contratações para a área docente. 

- Nos preocupa também o custeio da universidade, que está impactando nos serviços mais básicos como o Restaurante Universitário, o próprio Descubra e outros projetos importantíssimos, que a gente começa a ficar sem recursos para o orçamento desses serviços - explica Schuch. 

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Ainda segundo o vice-reitor, uma grande engenharia está sendo feita no dia a dia da universidade para retirar recursos de alguns projetos para ser colocado em outros:

- 2019 já foi um ano com pouco recurso e com cortes. E esse ano ele vem com 34% a menos, ou seja, R$ 40 milhões de custeio - explica. 

Para este ano, a Reitoria acompanha os debates em torno da redução da Lei Orçamentária Anual (LOA), onde a destinação de cerca de R$ 30 bilhões está em disputa. Somente a UFSM tem R$ 40 milhões condicionados a essa definição pelo Congresso Nacional. Com o orçamento mais enxuto Burmann adianta que, em 2020, vai faltar recurso.

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Burmann explica que os projetos e pesquisas vão sentir os impactos, por isso, é necessário um maior diálogo com a comunidade . 

- As ações de extensão serão mantidas, porém em um ritmo mais lento . E as obras poderão parar, principalmente aquelas que ainda não saíram do papel ou que estão em fase inicial. As obras em fase final ou em conclusão serão priorizadas. Aí entram, por exemplo, as salas do novo prédio do Colégio Politécnico, a Central de CTI e o prédio do Centro de Ciências da Saúde (CCS). 

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